quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Trabalho de casa

Como acontece em qualquer parte do mundo, quando um professor dá um trabalho para casa, vai encontrar um pouco de tudo: trabalhos de casa como tivessem sido feitos por profissionais, outros misteriosamente iguais, alguns ditos normais e, por último, aqueles onde se nota que tentaram, mas…
Vou apresentar um exemplo de cada categoria.
Um dos provérbios era “Longe dos olhos, longe do coração.”
Resposta de profissional
Quando os olhos não vêem, o coração não pode sentir. (Ruth)
Coisa que nunca se vê, não se ama. (Umaro)
Resposta normal
Quando uma pessoa está longe, esquece aqueles de quem gosta. (Sabino)
Resposta/tentativa
Distância ir longe, afastado distante do coração. (Júlio)

sábado, 17 de novembro de 2007

Décimo primeiro dia de aulas

Depois de três dias sem aulas, por motivo da greve dos professores guineenses, retomámos o assunto das aulas anteriores: os provérbios.
Começei por recolher o trabalho de casa que pedi que fizessem (explicar, por escrito, o sentido de três provérbios "Longe dos olhos, longe do coração"; "Quem espera, sempre alcança" e "Guarda que comer, não guardes que fazer"). Dos dezassete alunos que estavam na aula, apenas dois não entregaram.
Dialogámos sobre o sentido de cada provérbio e escrevemos, no quadro para cada um, o seu sentido geral e o destinatário desse tipo de provérbio.
Quanto às explicações pessoais dos alunos para cada provérbio, no próximo post apresentarei os trabalhos mais sugestivos.

sábado, 10 de novembro de 2007

Décimo dia de aulas

Continuámos com a análise de provérbios.
Nesta realidade, a interpretação de provérbios é uma tarefa difícil para os alunos, exigindo da parte do professor a formulação de muitas questões para que cheguem a uma interpretação mais aproximada do verdadeiro sentido.
Nesta aula partimos de três hipóteses para a interpretação de um provérbio. Apenas uma estava correcta. A grande dificuldade continua a ser o vocabulário, não só a questão de não saberem o que significa, mas também por saberem o que significa objectivamente mas desconhecerem outros sentidos que a mesma palavra poderá ter.
Reparei, por isso, que alguns alunos escolhiam a hipótese certa, para eles, apenas aquela que tinha palavras do próprio provérbio, como se fosse um puzzle.
Com tudo isto, só conseguimos analisar o melhor possível, apenas dois provérbios.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Nono dia de aulas

Aula de dois tempos.
Entrámos no estudo dos provérbios.
Começámos por analisar um provérbio quanto à sua mensagem, situação a aplicar e destinatário.
Primeiro, um pausa para perguntar aos alunos por que razão coloquei o provérbio entre aspas. Todos conheciam este sinal de pontuação, mas ignoravam a sua correcta utilização. Por isso, expliquei o uso das aspas e conversámos um pouco sobre o "plágio".
Para explicarem o provérbio, a maior parte dos alunos usou as mesmas palavras que se encontravam no provérbio, enquanto que outros partiam de exemplos. Tive que recordar que quando se explica qualquer ideia não é correcto usar os mesmos termos, e que explicar não é o mesmo que exemplificar.
Analisado o provérbio, partimos para uma definição e esquematização das principais características dos provérbios.
Terminámos a aula com a interpretação de mais um provérbio.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Oitavo dia de aulas

Depois de um feriado nacional pelo meio, a Turma E11 voltou às aulas.
Apesar de não terem tido aula antes da aula de português, por motivo de greve, toda a turma compareceu.
Começámos por recordar e classificar as palavras que tínhamos analisado na aula anterior quanto à acentuação.
Prosseguimos com um novo conteúdo: a oratura. Ou seja, a literatura oral.
Os alunos tentaram encontrar a palavra primitiva de "oratura". Durante alguns momentos, a maior parte da turma apontava as palavras "oração, orar e oral". Questionei-os sobre as três palavras e destacámos a última. Recordei os diferentes tipos de linguagens: gestual, escrita e, imediatamente, acrescentaram a oral. E ficámos por aqui.